Nessa primeira parte da matéria especial
que preparei para a legião mais linda do mundo, vou falar e abusar das
lendas e histórias reais sobre bonecos que de fofos não tem nada.
A segunda parte você confere amanhã, no mesmo Batcanal. Não perca!
Dia das crianças chegou e nada melhor do
que um boneco fabricado pelos humanos e abençoado pelo tinhoso para
fazer a a alegria da legião.
Espero que depois de ler você não ouça
um barulho no corredor, enquanto estiver no banheiro ou de madrugada
enquanto estiver jogando. Como não posso garantir é melhor cantar uma
música e sair correndo para a cama, mas verifique o quarto. Sabe como é?
Bonecos e suas representações de pessoas
vivas sempre chamaram a atenção de adultos e crianças, mas eles também
podem ser os responsáveis pelos seus pesadelos.
Dentro do gênero horror, desde as
histórias góticas, existe a figura clássica da imagem de criança
manipulada por um brinquedo que já foi explorada no cinema, assim como
em Annabelle que está em cartaz, nos contos de fada, nas séries e até mesmo nos livros e na vida real.
Curiosidades:
- Existe uma crença entre os
nativo-americanos de que não se deve fazer imagens humanas, pois elas
são capazes de capturar espíritos e encerrar em seu interior forças
negativas.
- A mesma crença existe entre vários povos da Ásia Menor e se traduz na proibição islâmica de construir imagens.
- No Haiti, a crença encontra respaldo
no hoodoo, culto semelhante ao vudo, onde os bonecos são usados para
conter espíritos malignos que, anteriormente, afligiam pessoas.
- Nos olhos de uma boneca existe algo de
aterrorizante, alguns mortiços, outros que parecem estar se movendo,
bonecas que parecem vivas, outras que se movem, entre outras histórias
assustadoras de bonecas sexuais na deep web que são desmentidas ou
aparecem na rede.
Seja como ou de onde for, muitas pessoas
ainda morrem de medo de bonecas, e para não te deixar fora dessa, o PL
trouxe para você…
Robert
Em 1896, este boneco pertencia a uma criança chamada Robert Eugene Otto, em Key West, Florida.
Foi dado a ele por uma empregada que trabalhava em sua casa para seus
pais, mulher infeliz, que praticava magia negra nas horas vagas, e que
não gostava nada de a família do menino. Por sua vez, o menino, que
adorava o boneco, o batizou como Robert, assim como seu nome, e conversava com ele por muitas e muitas horas. Outros empregados da casa de Otto
ficaram preocupados com a atitude dele, e juravam que conseguiam
escutar a voz do boneco respondendo ao menino. Vizinhos afirmaram que o
boneco se mexia enquanto eles observavam a casa pela janela, quando
ninguém estava por lá. Quando coisas estranhas começaram a acontecer, o
menino, assustado, afirmava que não tinha parte nisso, e que o boneco é
quem estava aprontando. Quartos eram desarrumados, vasos quebrados, e os
pais da criança diziam ser Otto o culpado, o castigavam, e mesmo que ele parecesse extremamente assustado ao falar, ele insistia que a culpa era do boneco. Robert
herdou a casa com a morte dos pais, e morreu em 1972. Assim que sua
casa foi vendida para outra família, a filha do novo dono, que tinha
acabado de se mudar para a casa, encontrou o boneco no sótão e ficou
morrendo de medo dele, ela afirmou que o boneco estava vivo e que queria
matá-lo.
Depois de outras travessuras, Robert finalmente acabou em uma galeria de arte e um museu histórico em Key West,
onde permanece em exibição até hoje. Curiosamente, os visitantes do
museu afirmam que eles devem pedir permissão para tirar uma fotografia
com ele, e se não o fizerem, diz a lenda, que serão amaldiçoados. O
museu exibe cartas de chamados indivíduos “malditos” que têm escritos
para Robert, desculpando-se por não pedir para tirar uma foto dele, e pedindo para serem libertados dos feitiço.
É legião, melhor não arriscar. Inclusive pedi autorização dele para fazer essa matéria, vai que né?
-
Embora Robert tenha
ganhado fama, conquistando um lugar de destaque nas manchetes dos
jornais sensacionalistas e atiçando nossa imaginação, ele não está
sozinho. Centenas de histórias sobre bonecas assombradas figuram em
blogs e fóruns sobre fantasmas na web, mas interessante mesmo são as
histórias comprovadas.
Robert, apesar de se ser assustador, está bem longe da gente, não precisamos nos preocupar, né?
Exceto pelo barulho que veio lá de fora.
-
Mas agora, que tal algumas lendas urbanas brasileiras envolvendo esses brinquedinhos tão fofos? Como por exemplo a do boneco do Fofão:
Boneco do Fofão
O Fofão é um personagem muito famoso aqui no Brasil que fez sucesso nos anos 80, e ganhou fama através do programa Balão Mágico, na Rede Globo, e esteve no ar de 1983 à 1986. Devido ao sucesso do personagem, acabou ganhando um programa de TV somente dele, na Rede Bandeirantes e ficou no ar de 1986 até 1989. O boneco Fofão,
desde o seu lançamento, é acompanhado de uma história macabra. Reza a
lenda, que todos os bonecos tinham, entre o pescoço e a cabeça, uma
surpresa pontiaguda. Quando os bonecos foram abertos, as pessoas puderam
constatar que havia um objeto parecido com um punhal abaixo do pescoço,
e em alguns casos foi achado também um saquinho com um pó vermelho
amarrado ao suposto punhal, que muitas pessoas dizem ser fruto de magia
negra.
Apesar da “semelhança” com o Chucky o boneco ainda não foi acusado de matar ninguém, eu acho.
A PROPÓSITO: nós conseguimos desvendar a lenda do Boneco Fofão aqui no blog e (pasmem!) é real!
Alguns também dizem que o programa do Fofão
continha mensagens subliminares para induzir as crianças a fazer coisas
horríveis.Outros dizem que os boatos foram espalhados por uma emissora
rival, com o intuito de acabar com a imagem do bochechudo. O que não
muda o fato de que eu não achava a imagem do fofão nada simpática.
-
Boneca da Xuxa
Mais
um boato envolvendo a rainha dos baixinhos, depois das especulações
sobre suas canções, sobre seu pacto com o diabo e sobre o filme
pornográfico que até hoje é piada na internet. Nos anos 80, as histórias
de bonecas da Xuxa amaldiçoadas foram o auge para os tabloides. Foram vários boatos ou versões diferentes do mesmo caso, cabe a você crer ou não:
Em um boletim de ocorrência feito no ano
de 1993, uma a mãe contou à policia, que a filha dormia todos os dias
com a “boneca da Xuxa” e fazia alguns dias que a menina estava
aparecendo com marcas de arranhões pelo corpo, que aos poucos foram
aumentando, até o dia que a mãe a encontrou morta toda arranhada no
pescoço. A mãe foi presa, acusada de ter estrangulado a criança. Após
exames laboratoriais, ficou comprovado que não poderia ter sido a mãe
que matou a menina, já que em suas unhas não foram encontrados vestígios
de sangue, mas um fato impressionou os investigadores, pois, havia sido
encontrado sangue da criança nas unhas da boneca. Ao abrirem a boneca,
encontraram o seguinte quadro:
– Um punhal de ponta-cabeça,
– O “Pentáculo de Satanás” desenhado,
– Em volta do do círculo do desenho, as inscrições “Em louvor a Satanás”.
Claramente obra de vodu – magia negra – este artifício já fora registrado com o mesmo “modus operantis” em bonecos como o do Fofão e outros.
– Um punhal de ponta-cabeça,
– O “Pentáculo de Satanás” desenhado,
– Em volta do do círculo do desenho, as inscrições “Em louvor a Satanás”.
Claramente obra de vodu – magia negra – este artifício já fora registrado com o mesmo “modus operantis” em bonecos como o do Fofão e outros.
Outra suposta história sobre a boneca da
Xuxa aconteceu na cidade de Jardinópolis (SP), também no ano de 1993.
Uma mãe muito pobre estava desempregada, e estava para chegar o
aniversário de sua filha, que pedira para a mãe a boneca da Xuxa, pois
era a boneca do momento. A mãe, então, resolveu fazer um pacto com o
demônio e em uma semana ela arrumou um emprego. Com o dinheiro, comprou a
boneca para a menina, que muito contente, sempre dormia com seu novo
brinquedo favorito. Ao passar alguns dias, a criança acordava com
pequenas marcas de arranhões pelo corpo, que aos poucos foram aumentando
até o dia que a mãe a encontrou morta, toda arranhada. O mais
impressionante é que a boneca da Xuxa estava com as unhas compridas e
cheias de sangue.
Mas… Você arriscaria dormir ao lado dessa boneca?
Agora, assim como o boneco Robert, outra boneca chamou atenção e ficou exposta, só que de uma forma diferente:
-
Okiku – A boneca viva
Em agosto de 1932, Kikuko,
que tinha três anos, adoeceu gravemente. Seu irmão visitava a cidade de
Sapporo, quando viu uma boneca e comprou-a para a ela. Kikuko adorou a boneca e não se separou mais dela. Sua doença piorou e em janeiro de 1933, Kikuko
faleceu. No dia da cremação, é costume colocar os objetos que a pessoa
mais gostava dentro do caixão para serem cremados junto com o cadáver. A
família da garota, porém, se esqueceu de colocar a boneca junto com a
menina, e após a cremação, a boneca que recebeu o nome de Okiku, foi colocada no oratório, ao lado das cinzas de Kikuko,
onde a família fazia orações. Durante a guerra, na década de 40, todos
acabaram indo morar no interior. A boneca ficou no templo Mannenji,
aos cuidados do sacerdote, junto às cinzas da menina. Ao término da
guerra, todos voltaram para cidade, porém, ao irem ao templo pegar seus
pertences, perceberam que os cabelos da boneca continuavam
crescendo. Quem primeiro percebeu que os cabelos da boneca haviam
crescido, foi o monge do templo, quase 3 anos após o brinquedo ter sido
guardado em uma caixa. Ele contou que, certa noite, teve um sonho, onde
aparecia o Sr. Joshichi de pé, ao lado de sua cama, banhado em suor e pedindo para o monge: “Por favor, corte os cabelos da minha filha!”. O
monge, então, verificou a boneca na caixa e constatou que seu cabelo
havia crescido consideravelmente. A boneca, por solicitação do irmão de Kikuko,
continuou no templo. A história se espalhou com tanta rapidez que
acabou chamando a atenção de pesquisadores, porém, até o momento,
nenhuma explicação científica foi encontrada para o fenômeno.
Atualmente o templo, localizado em Hokkaido,
virou atração de turistas que querem comprovar a transformação sofrida
pela boneca. Afirma-se que, além dos cabelos da boneca, que antes eram
até os ombros e hoje estão pela cintura, os lábios que eram cerrados
hoje estão “entreabertos e úmidos”, a boneca tem expressões vivas,
parecendo olhar para as pessoas. Após a consagração da boneca ao templo,
o Sr. Joshichi mudou de cidade e seu rastro foi
perdido. No Japão acredita-se muito em vida após a morte, por isso
acreditam que todo objeto pessoal da pessoa que morreu deve ser
queimado, para que o espírito possa descansar em paz.
-
E por falar em boneca, Annabelle, ela não poderia faltar nessa lista.
Posso apostar que você já viu Annabelle
alguma vez na sua vida, mas não se assuste, não estou falando dessa
boneca que você tem atrás da cama enquanto está lendo a postagem, e sim,
daquela boneca de pano, de nariz triangular, vestidinho azul e meias
listradas.
Annabelle
A história fala sobre uma boneca
possuída, que foi responsável por várias manifestações demoníacas nos
EUA, na década de 70 e é tida como verdadeira até hoje. O caso de Annabelle foi investigado por ninguém menos que o famoso casal de demonologistas e investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren. Em 1970, uma mãe comprou uma antiga boneca Raggedy Ann para sua filha.
Raggedy Ann é um personagem criado pelo escritor americano Johnny Gruelle em uma série de livros que ele escreveu e ilustrou para as crianças.
Gruelle criou Raggedy Ann para sua filha, Marcella,
quando ela trouxe-lhe uma boneca de pano velho, feita à mão, e ele
desenhou um rosto nela. De sua estante, ele puxou um livro de poemas de James Whitcomb Riley, e combinando os nomes de dois poemas, “O Homem Raggedy” e “Pouco Orphant Annie“, ele disse: “Por que não chamá-la de Raggedy Ann?”. Marcella
morreu aos 13 anos, pouco depois de ter sido vacinada na escola para a
varíola, sem o consentimento de seus pais. As autoridades culparam um
problema em seu coração, mas seus pais culparam a vacinação. Gruelle tornou-se um ativista contra a vacinação e a boneca Raggedy Ann foi usada como um símbolo do movimento anti-vacinação. Hoje em dia, tem quem culpe a boneca pela morte de Marcella. As bonecas Raggedy Ann eram originalmente feitas à mão e embora se diga que as bonecas Raggedy Ann e Andy são, agora, consideradas de domínio público, dezenas de bonecas artesanais foram criadas desde a década de 1940 até o presente.
A história dela é um pouco
longa, mas se a legião é tão curiosa como eu, não vai conseguir dormir
sem ler, até porque ela pode aparecer para saber o porquê do descaso.
HISTÓRIA DE ANNABELLE
Em 1970, uma mãe comprou uma antiga boneca Raggedy Ann de uma Hobby Store (Loja especializada em bonecas de coleção). A boneca foi um presente para sua filha, Donna, em seu aniversário. Donna,
na época, era uma estudante na faculdade, preparando-se para formar-se
em enfermagem e residia em um apartamento minúsculo com sua companheira
de quarto Anngie (uma enfermeira também). Contente com a boneca, Donna a colocou em sua cama como uma decoração e não lhe deu maior atenção até alguns dias mais tarde. Com o tempo, Donna e Angie
notaram que parecia haver algo de muito estranho e assustador com a
boneca. A boneca, aparentemente, movia-se sozinha, num primeiro momento
movimentos relativamente imperceptíveis, como uma mudança de posição,
mas com o tempo o movimento se tornou mais perceptível. Donna e Angie vinham para casa e encontravam a boneca em uma sala completamente diferente da que a haviam deixado.
Às vezes, a boneca era encontrada de
braços e pernas cruzadas no sofá, outras vezes era encontrada na posição
vertical, em pé, encostada em uma cadeira na sala de jantar. Várias
vezes Donna colocava a boneca no sofá antes de sair
para o trabalho, e quando voltava para casa encontrava a boneca de volta
em seu quarto sobre a cama com a porta fechada.
Annabelle, a boneca, não só se mexia, mas escrevia também. Com cerca de um mês de experiências, Donna e Angie começaram a encontrar mensagens à lápis sobre um papel de pergaminho onde lia-se “Ajude-nos” e “Ajude Lou”.
A escrita à mão parecia pertencer a uma criança pequena. A parte
assustadora sobre as mensagens não eram os textos, mas a maneira como
eles foram escritos. Naquela época, Donna não tinha papel de pergaminho em sua casa, onde as mensagens foram escritas. Então, de onde veio isso?
Uma noite, Donna voltou para casa e encontrou a boneca novamente em uma posição diferente da que havia deixado, desta vez em sua cama. Donna
descobrira que isso era típico da boneca, mas de alguma forma ela sabia
que desta vez era diferente, algo não estava certo. Uma sensação de
medo tomou conta dela quando, ao inspecionar a boneca, viu o que
pareciam gotas de sangue na parte de trás de suas mãos e em seu peito.
Aparentemente, do nada, uma substância líquida e vermelha apareceu na
boneca. Assustada e desesperada Donna e Angie decidiram que era hora de procurar aconselhamento especializado.
Sem saber para onde ir, elas contactaram uma médium e uma sessão foi realizada. Donna foi então apresentada ao espírito de Annabelle Higgins. A médium relatou a história de Annabelle para Donna e Angie. Annabelle
era uma jovem que residia na propriedade antes dos apartamentos serem
construídos, aqueles foram “momentos felizes”. Ela era uma menina de
apenas sete anos de idade quando seu corpo sem vida foi encontrado no
campo em que o complexo de apartamentos estava agora.
O espírito relatou à médium que ela se sentiu confortável com Donna e Angie e queria ficar com elas e ser amada. Sentindo compaixão por Annabelle e sua história, Donna permitiu que a boneca continuasse “possuída” para que Annabelle pudesse ficar com elas. No entanto, elas logo descobriram que Annabelle não era o que parecia ser. Isso não era um caso comum e definitivamente aquela não era uma boneca comum.
Lou era amigo de Donna e Angie e tinha estado com elas desde o dia em que a boneca chegou. Lou nunca gostou da boneca e em várias ocasiões advertiu Donna que ela era do mal e era para livrar-se dela. Porém, Donna tinha um laço de compaixão com a boneca e sem dar muito crédito aos “sentimentos” de Lou, manteve a boneca. Mas a decisão de Donna, ao que parece, foi um erro terrível.
Lou acordou uma noite
de um sono profundo e em pânico. Mais uma vez ele teve um pesadelo
recorrente. Só que desta vez, de alguma forma, algo parecia diferente.
Era como se ele estivesse acordado, mas não podia se mover. Ele olhou ao
redor da sala, mas não podia discernir nada fora do comum, e então
aconteceu. Olhando para baixo em direção a seus pés, ele viu a boneca, Annabelle.
Ela começou a deslizar lentamente subindo por sua perna, depois sobre
seu peito e então parou. Em poucos segundos a boneca começou a
estrangulá-lo. Paralisado e ofegante Lou, no ponto de asfixia, apagou. Lou
acordou na manhã seguinte, certo de que não era um sonho, ele estava
determinado a livrar-se da boneca e do espírito que a possuía. Lou, no entanto, teria mais uma experiência terrível com Annabelle.
Preparando-se para uma viagem no dia seguinte, Lou e Angie
estavam olhando mapas sozinhos em seu apartamento. O apartamento
parecia estranhamente silencioso. De repente, sons de farfalhar vindos
da sala de Donna despertou o medo de que alguém poderia ter entrado no apartamento. Lou,
determinado a descobrir quem ou o que estava ali, foi caminhando
calmamente para a porta do quarto. Ele esperou que os ruídos parassem
antes de entrar e acender a luz. A sala estava vazia, exceto por Annabelle que estava jogada no chão, no canto.
Lou vasculhou a sala
procurando por sinais de uma entrada forçada, mas nada estava fora do
lugar. Porém, conforme ele se aproximava da boneca, teve a nítida
impressão de que alguém estava atrás dele. Ao se virar rapidamente,
percebeu que não havia mais ninguém lá. Logo em seguida, em um flash ele
se viu agarrando seu peito, se encurvando de dor, com cortes e
sangrando. Sua camisa estava manchada de sangue e ao abrir a camisa, lá
no seu peito, estava o que parecia ser sete marcas de garras distintas,
três na vertical e quatro na horizontal, todas estavam quentes como
queimaduras. Essas marcas se curaram quase imediatamente, no dia
seguinte já estavam bem fracas e no segundo dia já haviam desaparecido
completamente.
Donna finalmente estava
disposta a acreditar que o espírito na casa não era o de uma menininha,
mas um espírito não-humano e demoníaco por natureza. Depois da
experiência de Lou, Donna sentiu que era hora de procurar aconselhamento realmente especializado e entrou em contato com um padre episcopal chamado Padre Hegan. Padre Hegan
sentiu que era uma questão espiritual e que precisava entrar em contato
com uma autoridade maior na igreja, então ele contatou o Padre Cooke, que imediatamente contatou os Warren. Ed e Lorraine Warren imediatamente tiveram interesse no caso e entraram em contato com Donna a respeito da boneca. Os Warren, depois de falar com Donna, Angie, e Lou
chegaram à conclusão imediata de que a boneca em si não era de fato
possuída, mas manipulada por uma presença não-humana. Espíritos não
possuem objetos inanimados, como casas ou brinquedos, eles possuem
pessoas. Um espírito não-humano pode vincular-se a um lugar ou objeto e
isso é o que ocorreu no caso Annabelle. Este espírito
manipulou a boneca e criou a ilusão de que ela estava viva, a fim de
obter reconhecimento, chamar a atenção. Na verdade, o espírito não
estava pretendendo ficar ligado à boneca, ele estava tentando possuir um
hospedeiro humano.
O espírito ou, neste caso, um espírito
demoníaco não-humano, estava essencialmente na fase de infestação do
fenômeno. Ele começou a mover a boneca pelo apartamento por meio de
teletransporte para despertar a curiosidade dos moradores na esperança
de que eles lhe dariam atenção. E deram. Cometeram o previsível erro de
chamar um médium ao apartamento para se comunicar com ele. O espírito
não-humano, agora capaz de se comunicar com o médium, explorou as
vulnerabilidades emocionais das moradoras fingindo ser uma inofensiva
menininha perdida, a qual, durante a sessão, foi dada a permissão (por Donna)
para assombrar o apartamento. Assim como um espírito demoníaco é
negativo, assim também são os fenômenos causados por ele, claramente
negativos. Ele despertou o medo através dos movimentos estranhos daquela
boneca, trouxe a materialização de perturbadoras mensagens manuscritas,
as gotas simbólicas de sangue na boneca, e por último chegou a atacar Lou,
deixando nele a marca simbólica da besta. A próxima etapa da infestação
do fenômeno teria sido uma possessão humana completa. Se essas
experiências durassem mais duas ou três semanas, o espírito iria se
apossar totalmente, isso se não prejudicasse ou matasse um ou todos os
ocupantes da casa.
Na conclusão da investigação, os Warren consideraram oportuno ter uma recitação de uma bênção de exorcismo pelo Padre Cooke para limpar o apartamento. “A
bênção episcopal da casa é demorada, um documento de sete páginas que é
claramente de natureza positiva. Ao invés de expulsar especificamente
entidades malignas da habitação, a ênfase é voltada para encher a casa
com poderes positivos e de Deus.” (Ed Warren). A pedido de Donna, e como uma precaução adicional para que os fenômenos não ocorram na casa novamente, os Warren levaram a velha boneca de pano junto com eles quando saíram.
Padre Cooke, embora
desconfortável com seu papel de um exorcista, concordou em realizar o
ritual de exorcismo de sete páginas, uma doutrina que ele recitou em
todo o apartamento até o ponto em que os Warren estavam
confiantes de que a entidade não mais residia lá. Eles concordaram em
levar a boneca de pano de volta para casa com eles. Antes de ir, Ed
colocou a boneca no banco de trás do carro e concordou que não iria
dirigir pela interestadual, no caso de o espírito não-humano ainda
residir com a boneca.
Suas suspeitas foram todas confirmadas, os Warren
sentiram-se como objetos de um ódio vicioso. Então, em cada curva
perigosa o carro patinava e morria causando falha na direção hidráulica e
nos freios. Repetidamente o carro beirava a colisão. Ed
então parou o carro, foi até o banco de trás e pegou, em sua bolsa
preta, um frasco de água benta e encharcou a boneca fazendo o sinal da
cruz sobre ela. Os distúrbios pararam imediatamente e os Warren chegaram em casa em segurança.
Após os Warren chegarem em casa, Ed
sentou a boneca em uma cadeira ao lado de sua mesa. A boneca levitou
várias vezes no início, em seguida, ela parecia cair inerte. Durante as
semanas que se seguiram, no entanto, a boneca começou a aparecer em
várias salas da casa. Quando os Warren saíam e deixavam
a boneca trancada no edifício exterior, eles muitas vezes voltavam e
quando abriam a porta da frente encontravam a boneca sentada
confortavelmente em cima de cadeira de Ed. A boneca também mostrou um ódio por clérigos que vieram até a casa.
Em uma ocasião o Padre Jason Bradford, um exorcista católico, chegou à casa. Ao ver a boneca sentada na cadeira, ele pegou e disse: “Você é apenas uma boneca de pano, Annabelle, você não pode machucar ninguém”, e jogou a boneca de volta na cadeira, nesse ponto Ed exclamou: “Isso é uma coisa que é melhor você não dizer.” Ao sair, uma hora mais tarde, Lorraine pediu encarecidamente ao padre para que tomasse muito cuidado ao dirigir e que ligasse para ela quando chegasse em casa. Lorraine previu tragédia para este jovem sacerdote, mas ele teve de seguir o seu caminho. Poucas horas depois Padre Jason ligou para Lorraine
e explicou que seus freios falharam quando ele entrou em um cruzamento
movimentado. Ele foi envolvido em um acidente quase fatal que destruiu
seu veículo. Este foi apenas um dos muitos eventos que ocorreram durante
os próximos anos.
Os Warren então
decidiram tomar uma providência, o que você confere nesse pequeno
documentário que separei especialmente para minha legião favorita: